Mórbido não? Essa pergunta: “E
se eu morresse?” Mas tenho certeza que ela já passou pela sua cabeça e de
tantas outras pessoas... Em meio uma guerra, essa pergunta ronda a cabeça de um
soldado que está no meio de um campo de batalha, mas tem suas raízes em outro
país. Deixou para trás sua mãe, sua esposa ou namorada, seus filhos, um parente
doente... Sabe que se morrer ali a dor que será deixada para trás e o futuro
incerto que surgirá para sua família ele jamais saberá. Situação semelhante a
essa passa policiais em meio a tiroteios e emboscadas.
O pai de família que sofreu
um acidente e vai para uma cirurgia onde há possibilidade dele não sair com
vida. Pensa nos dois filhos que tem que criar e no próximo que está por vir de
sua esposa que está grávida. “Será que viverei para ver meus filhos crescerem?
Será que verei o rosto do meu filho que está para nascer e o carregarei em meu
colo?”
Na sala de cirurgia, o
médico luta com a morte e faz o seu melhor para salvar aquela vida junto a sua
equipe. Todos aqueles anos na faculdade, a paixão e compaixão pela vida está
ali em sua responsabilidade... Ele faz o seu melhor, mas sabe que onde não
conseguir chegar só a restará dar a triste notícia à família.
Não sabemos a hora não é
mesmo? Não sabemos se será uma bala perdida, um acidente, ou uma doença rara
que foi descoberta tarde demais. Ah! Depois vem o remorso! “Briguei com ele
aquela manhã! Não tive tempo de me despedir! Não tive tempo de dizer o quanto o
amava! Não sabia que ela estava com depressão! Queria tanto poder tê-lo
abraçado naquele dia!...”
A verdade é que ninguém de
nós sabe quando, onde, como vamos sair dessa vida! Não somos eternos! Temos que
valorizar o que somos e significamos para as pessoas que amamos... A quem você
ligaria se soubesse que irá morrer a poucos instantes? Quais seriam suas últimas
palavras? Por isso sei que “se eu morresse” todos saibam que amei, errei,
tentei ser e fazer as pessoas felizes pois só é dessa forma que nos tornamos
imortais!